Surto de gripe em Santa Catarina: A causa de desacreditar na vacina fez as UTIs sobrecarregarem os hospitais

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O surto de gripe em Santa Catarina em 2025 expôs a crise nas UTIs, impulsionada pela baixa adesão à vacinação. Descubra como a desinformação agrava a saúde pública e o que pode ser feito para reverter esse cenário.

A gripe não é apenas um incômodo sazonal; em Santa Catarina, ela se tornou uma crise de saúde pública. Em 2025, o estado enfrenta um surto alarmante de influenza, com UTIs lotadas e um sistema de saúde à beira do colapso. A principal causa? A desconfiança nas vacinas, alimentada por desinformação, tem afastado a população da imunização, resultando em mais de 6 mil casos de gripe e 188 mortes entre janeiro e junho. Neste artigo, exploramos as razões por trás dessa crise, o impacto nas UTIs e como grandes empresas podem contribuir para soluções em saúde pública, além de estratégias para aumentar a confiança na vacinação.


O Surto de Gripe em Santa Catarina: Um Cenário Crítico

Santa Catarina decretou situação de emergência em saúde pública em junho de 2025, com 94,1% dos leitos de UTI ocupados, segundo a Secretaria de Estado da Saúde (SES). Regiões como o Litoral Norte e o Grande Oeste atingiram 100% de ocupação, enquanto o Vale do Itajaí chegou a 98%. O aumento expressivo de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), causada principalmente pela influenza, é o principal responsável por essa sobrecarga. Até abril, o estado já registrava 2.377 casos de SRAG, com 166 causados pela influenza, números que dobraram em relação ao mesmo período de 2023.

A influenza, conhecida popularmente como gripe, é uma doença respiratória causada por vírus como Influenza A (H1N1, H3N2) e Influenza B. Embora a vacina trivalente esteja disponível gratuitamente para toda a população acima de 6 meses desde o Dia D de vacinação em 10 de maio, a adesão permanece baixa, com apenas 43,3% dos grupos prioritários (idosos, gestantes e crianças) vacinados. Essa resistência à imunização tem agravado a crise, levando a internações evitáveis e mortes.


A Desinformação Como Vilã da Saúde Pública

A baixa adesão à vacina contra a gripe em Santa Catarina está diretamente ligada à desinformação. Movimentos antivacina, amplificados por redes sociais e discursos irresponsáveis, têm semeado dúvidas sobre a eficácia e segurança das vacinas. Posts em plataformas como X, por exemplo, apontam que autoridades locais, em alguns casos, fizeram campanhas que desincentivaram a imunização, influenciadas por pressões políticas. Isso criou um ambiente de desconfiança, especialmente entre grupos prioritários, que são mais vulneráveis às complicações da gripe.

A vacina contra a influenza é segura, feita com vírus inativados, e protege contra os principais subtipos circulantes (H1N1, H3N2 e Influenza B). Estudos do Ministério da Saúde mostram que ela reduz entre 60% e 70% os casos graves e óbitos. No entanto, mitos como “a vacina causa gripe” ou “não é eficaz contra novas cepas” persistem, mesmo sem embasamento científico. Em 2021, a cepa H3N2 Darwin, que não estava na composição vacinal daquele ano, causou surtos no estado, reforçando a percepção errada de que a vacina “não funciona”. Especialistas, como Cristina Bonorino, da Sociedade Brasileira de Infectologia, esclarecem que, mesmo nesses casos, a vacina reduz hospitalizações.


O Impacto da Sobrecarga nas UTIs

O surto de gripe em Santa Catarina. A superlotação das UTIs em Santa Catarina reflete o impacto da baixa cobertura vacinal. Hospitais como o Infantil Joana de Gusmão, em Florianópolis, e o Jeser Amarante Faria, em Joinville, reportaram 286 internações de crianças por doenças respiratórias entre 1º e 22 de abril de 2025. Dessas, 64 foram em UTIs. Idosos, outro grupo de risco, representaram 76% das 38 mortes por SRAG até maio. A influenza, junto com outros vírus como o VSR (vírus sincicial respiratório) e a COVID-19, tem pressionado o sistema de saúde, com sintomas como febre, tosse, dor de garganta e dificuldades respiratórias levando a quadros graves.

A sobrecarga nas UTIs não apenas compromete o atendimento a pacientes com SRAG, mas também impacta outras áreas da saúde. Cirurgias eletivas são adiadas, e a atenção a doenças crônicas, como diabetes tipo 2, é prejudicada, criando um efeito cascata. Além disso, a alta ocupação de leitos aumenta os custos hospitalares, sobrecarregando o SUS e os planos de saúde privados, o que afeta diretamente empresas que oferecem benefícios de saúde a seus funcionários.


Como as Empresas Podem Ajudar a Reverter a Crise

Grandes empresas têm um papel crucial na mitigação de crises de saúde pública, como o surto de gripe em Santa Catarina. Investir em programas de conscientização sobre vacinação pode não apenas proteger os colaboradores, mas também reduzir custos com afastamentos e tratamentos médicos. Abaixo, algumas estratégias que empresas podem adotar:

1. Campanhas Internas de Vacinação

Empresas podem firmar parcerias com clínicas ou o SUS para oferecer vacinas contra a gripe no ambiente de trabalho. Em 2025, a SES de Santa Catarina disponibilizou 2 milhões de doses, e a vacinação foi ampliada para toda a população acima de 6 meses. Campanhas no local de trabalho aumentam a adesão, especialmente entre funcionários que não buscam postos de saúde por falta de tempo.

2. Educação e Combate à Desinformação

Promover palestras com especialistas ou distribuir materiais educativos baseados em fontes confiáveis, como a Fiocruz e o Ministério da Saúde, pode desmistificar a vacinação. Empresas podem usar canais internos, como intranets ou newsletters, para compartilhar dados sobre a eficácia da vacina e os riscos da influenza.

3. Incentivos à Saúde Corporativa

Oferecer benefícios, como dias de folga para vacinação ou descontos em planos de saúde para funcionários imunizados, pode aumentar a cobertura vacinal. Além disso, investir em bem-estar, como academias ou programas de alimentação saudável, fortalece a imunidade dos colaboradores, reduzindo a incidência de doenças respiratórias.

4. Apoio à Comunidade

Empresas com responsabilidade social podem financiar campanhas comunitárias de vacinação ou doar suprimentos médicos para hospitais sobrecarregados. Isso não só melhora a imagem da marca, mas também contribui para aliviar a pressão no sistema de saúde local.


Prevenção Além da Vacina: Medidas Práticas

Além da vacinação, a Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina recomenda medidas simples para prevenir a propagação da influenza e de outras doenças respiratórias:

  • Lavar as mãos frequentemente com água e sabão ou usar álcool em gel.
  • Usar máscaras em locais fechados ou aglomerados, especialmente para pessoas com sintomas.
  • Praticar a etiqueta respiratória, cobrindo a boca e o nariz com o antebraço ao tossir ou espirrar.
  • Evitar contato com superfícies contaminadas e desinfetar objetos como teclados e maçanetas.
  • Procurar atendimento médico ao primeiro sinal de sintomas, especialmente para idosos, crianças e pessoas com comorbidades, como diabetes tipo 2.

Essas ações, combinadas com a vacinação, podem reduzir significativamente a transmissão do vírus e aliviar a pressão nas UTIs.


O Papel da Sociedade na Recuperação

A crise de gripe em Santa Catarina é um alerta para a importância da responsabilidade coletiva. A vacinação não protege apenas o indivíduo, mas também reduz a circulação do vírus, beneficiando toda a comunidade. A baixa adesão, com apenas 27,85% dos grupos prioritários vacinados em 2025, coloca Santa Catarina em terceiro lugar no ranking nacional de cobertura vacinal, atrás de estados como Piauí e Paraíba. A meta de 90% está longe de ser alcançada, mas a mobilização social pode mudar esse cenário.

Escolas, igrejas e associações comunitárias podem se unir às empresas para promover a imunização. Além disso, a imprensa tem um papel vital em combater a desinformação, divulgando informações baseadas em ciência e destacando histórias de sucesso da vacinação, como a erradicação da poliomielite no estado, que não registra casos desde 1989.


Conclusão: Um Chamado à Ação

O surto de gripe em Santa Catarina em 2025 é um reflexo direto da baixa adesão à vacinação, agravada pela desinformação. A sobrecarga nas UTIs expõe a fragilidade do sistema de saúde diante de crises evitáveis. Grandes empresas, como agentes de mudança, podem liderar iniciativas de conscientização e imunização, beneficiando tanto seus colaboradores quanto a sociedade. Vacinar-se é um ato de responsabilidade individual e coletiva, capaz de salvar vidas e aliviar a pressão no sistema de saúde. Vamos juntos construir um futuro mais saudável, onde a ciência prevaleça sobre a desconfiança.

Palavras-chave: surto de gripe, Santa Catarina, vacinação contra influenza, sobrecarga nas UTIs, desinformação, saúde pública, responsabilidade social corporativa, prevenção de SRAG.

Fontes: Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina, Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE), Fiocruz, Ministério da Saúde.

Muito obrigado pela compahia!

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